Inadimplência no Brasil

Inadimplência no Brasil

Joel De Bortoli


Número de inadimplentes no país cai pela primeira vez desde 2014, revela estudo da Serasa Experian.
Cerca de 1,3 milhão de pessoas quitaram suas dívidas e limparam o nome entre abril e maio deste ano.

Estudo da Serasa Experian revela que 59.470.359 pessoas estavam inadimplentes no país em maio de 2016, cerca de 1,3 milhão a menos na comparação com abril do mesmo ano, quando o índice bateu recorde histórico de consumidores com dívidas atrasadas (60.730.403).
É a primeira queda desde dezembro de 2014. O valor total das dívidas atrasadas verificadas em maio/16 soma R$ 264,2 bilhões.

Inadimplência atinge 9,3 milhões de jovens no Brasil.

Os jovens de 18 a 25 anos, que ocupam o segundo lugar no ranking de brasileiros negativados com 9,3 milhões de pessoas em maio/16, foram os que mais se esforçaram para pagar o que deviam (15,8% em abril x 15,6% em maio de 2016). Segundo os economistas, este movimento revela o esforço dos consumidores para renegociar dívidas e sair da inadimplência. Para eles, são duas as condições que possibilitaram às pessoas regularizarem as dívidas: elas buscaram linhas de crédito ou sacaram o dinheiro da caderneta de poupança.


De acordo com informações do Banco Central, as retiradas da poupança superaram os depósitos em R$ 42,6 bilhões entre janeiro e junho de 2016.
Ainda segundo os economistas, apesar da queda na representação dos jovens na inadimplência em maio deste ano, o desemprego, a falta de experiência no crédito e a maneira impulsiva de ir às compras estão entre os principais fatores que levam este grupo a atrasar dívidas.

Crescimento do número de inadimplentes no país

Estudo inédito feito pela área de Big Data e os economistas da Serasa Experian revela que os estados das regiões Norte e Nordeste são os mais impactados com o crescimento do número de inadimplentes no país.
Em março de 2016, o Acre registrou aumento de 17,9% no número de negativados em relação ao mesmo mês de 2015, a maior alta no período, chegando a um total de 249.156 consumidores com dívidas atrasadas.
No Acre e nos demais estados da Região Norte, além do Distrito Federal, a queda da renda está diretamente ligada ao crescimento da inadimplência (quanto maior a queda da renda, maior o crescimento da inadimplência).Os números de rendimento são provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad Contínua – do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em segundo lugar no ranking de crescimento do número de inadimplentes entre março/2015 e março/2016 está a Bahia, com elevação de 15,9% no período, atingindo a marca de 4.333.517 pessoas com dívidas atrasadas. Neste caso, o impacto foi gerado pelo aumento do desemprego, fator que também impactou no crescimento da inadimplência nos outros estados da Região Nordeste.O Ceará tem a terceira posição na lista de estados com maior crescimento da inadimplência no comparativo interanual: 15,7% no período (2.258.480 pessoas no total). O Piauí (15,0%), o Maranhão (14,4%) e Sergipe (13,9%) vêm na sequência das maiores altas. Ou seja, dos cinco primeiros estados no ranking de aumento da inadimplência, quatro são da Região Nordeste.

Entre os estados da Região Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o impacto no crescimento da inadimplência também tem relação direta com o aumento do desemprego.
Os gráficos levam em conta as seguintes variações de renda e desemprego, de acordo com a Pnad:

Norte e Nordeste registram maior aumento no número de inadimplentes

Atualmente o Brasil possui cerca de 60 milhões de negativados, segundo dados da Atualmente o Brasil possui cerca de 60 milhões de negativados, segundo dados da Serasa referentes a março.
É a maior marca já registrada pela Serasa Experian desde que iniciou a medição, em 2012, quando pela primeira vez a inadimplência atingiu 50,2 milhões de pessoasSerasa referentes a março.

Distribuição da inadimplência no país

São Paulo segue concentrando a maior fatia, com 23,5% em março de 2016.„O Rio de Janeiro está em segundo lugar, com 9,9% dos 60 milhões de consumidores inadimplentes.Minas Gerais ocupa a terceira posição, com 9,2% do total.
 

Dívidas por região

A Região Centro-Oeste é a campeã em valor médio da dívida dos consumidores inadimplentes em março de 2016, alcançando R$ 5.540,00. No mesmo período do ano anterior, o valor era menor (R$ 5.223,00). Em segundo lugar vem a Região Sul, com dívida média de R$ 5.145,00, valor ligeiramente superior ao apresentado em março de 2015: R$ 5.128,00.„Em terceiro lugar está a Região Sudeste, com dívida média de R$ 4.630,00, montante inferior ao de março de 2015 (R$ 4.726,00). As regiões Norte e Nordeste vêm em quarto e quinto lugar, respectivamente.

Dívidas pagas pelas micro e pequenas empresas recua em maio

A pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas atingiu 95,1% em maio/16. Isto significa que durante o mês passado, a cada 1.000 pagamentos realizados, 951 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias.Este nível de pontualidade foi o menor dos últimos quatro meses, superando apenas os 94,8% de janeiro/16.Também foi menor na comparação com maio do ano passado, quando a pontualidade de pagamentos foi de 95,2%.

Inadimplência com cheques atinge segundo marior nível da história para o mês de maio.

No Brasil, o percentual de devoluções de cheques pela segunda vez por insuficiência de fundos foi de 2,39% em maio deste ano.
Segundo maior patamar registrado desde 1991 para o mês de maio.Foram 1.208.897 devolvidos e 50.622.591 cheques compensados. O maior nível foi em 2009, com 2,52% de cheques devolvidos.

Demanda das empresas por crédito avança 12,0% em maio

No acumulado de janeiro a maio de 2016, a indústria foi o setor que apresentou a maior retração em sua busca por crédito: -7,1% em relação aos primeiros cinco meses iniciais do ano passado. No comércio a retração foi de 5,1% ao passo que no setor de serviços o recuo foi de 3,4%.

Análise por classe de renda pessoal mensal


Inadimplência atinge mais da metade das empresas e bate recorde

Levantamento de abril de 2016 apontou que 4,4 milhões de empresas estão negativadas, das cerca de 8 milhões em operação no cenário nacional. As dívidas atrasadas totalizam R$ 105,6 bilhões.


Inadimplência do Consumidor


Pedidos de recuperações judiciais aumentam 95% em maio e batem recorde histórico

O atual quadro recessivo, que já vem se arrastando por dois anos, e as dificuldades na obtenção de crédito, têm prejudicado a solvência financeira das empresas, levando os pedidos de recuperação judicial a recordes históricos recorrentes.

Atividade econômica recua 0,7% no primeiro trimestre

Apesar de ter sido mais uma retração trimestral da economia (a quinta consecutiva), tal resultado sinaliza que a recessão perdeu fôlego no primeiro trimestre de 2016, já que a queda, na margem, foi a menor do que a dos trimestres anteriores: -1,4% no 4T15; -1,7% no 3T15 e -2,1% no 2T15.

Número de empresas criadas bate recorde histórico no primeiro quadrimestre

No primeiro quadrimestre de 2016, o país contabilizou 674.975 novas empresas, o maior registro para o período desde 2010.O número é 4,1% maior que no primeiro quadrimestre de 2015, quando foram registrados 648.488 nascimentos. Em abril, houve queda de 5,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 158.774.

Nascimento de Empresas por Setor

O setor de serviços continuou sendo o mais procurado pelos empreendedores nos primeiros quatro meses de 2016, com a abertura de 425.026 novas empresas no segmento, o equivalente a 63,0% do total de nascimentos.Em seguida, 192.002 empresas comerciais (28,4% do total) surgiram nos três primeiros meses do ano. No setor industrial, foram abertas 56.266 empresas

Nascimento de Empresas por Estados

O Amapá foi o estado que registrou a maior elevação no período: 26,3%. Foram 1.599 novas empresas nos quatro primeiros meses de 2016 contra 1.266 entre janeiro e abril de 2015).O Rio de Janeiro ficou em segundo lugar entre os estados que mais viram o número de novos empreendimentos crescerem, com 12,7% de variação positiva (70.758 novas empresas contra 62.802 no período anterior). Em terceiro, Santa Catarina, com 11,4% de elevação (29.076 no primeiro quadrimestre de 2016, e 26.096 no primeiro quadrimestre de 2015).

'Economist': dos 10 países mais caloteiros do mundo, 9 são da América Latina

O Brasil aparece em quinto lugar, com nove calotes em sua história, de acordo com o estudo.LONDRES (Reuters) - A taxa de inadimplência de empresas de países emergentes pode atingir 7% até o fim de 2016, quase o dobro dos níveis deste ano, diante de um cenário global mais difícil para financiamentos, segundo o banco de investimentos Barclays.


Inadimplência do Brasil é maior que de vizinhos sul-americanos

Especialistas apontaram as altas taxas de juros do País que, segundo o Banco Mundial, são a 3ª maior do mundo, a 32% ao ano, como um dos principais motivos para os calotes mais elevados.
A taxa de inadimplência no Brasil é de 7,2%.Nos Estados Unidos, ela é de 5,3%.NInglaterra, de 5,8%.

Índices de inadimplência só vão se recuperar a partir de 2018

A Associação Nacional dos Birôs de Crédito (ANBC) prevê que os índices de inadimplência só vão se recuperar a partir de 2018.Essa demora deve-se fundamentalmente à tendência de aumento do desemprego, principal causa da inadimplência a partir de 2015 - que eleva o endividamento.Há uma queda na renda real da população.Se no ano de 2015, a renda média real do trabalhador teve um recuo de 0,2% em termos reais, frente ao ano de 2014, apenas no primeiro trimestre deste ano, a queda na renda real já é de 3,2% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.



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