Este artigo tem como objetivo apresentar os sistemas operacionais
de código aberto/livre, onde caracterizam-se pela liberdade aos usuários, para
não somente utilizar seus produtos, mas também: executar, copiar, estudar e
modificar, sendo importante compreender que livre não quer dizer
necessariamente que um software seja gratuito. Mas também pode-se, dizer que a
característica que diferencia o sistema operacional de código aberto/livre dos demais
é justamente o direito dado aos seus usuários de conhecer sua estrutura, ou seja,
o usuário pode ter acesso irrestrito ao seu código-fonte, podendo inclusive
fazer reutilização desse código para uso de terceiros e uso livre legítimo. Nessa
concepção o software é um serviço, envolvendo desenvolvimento, distribuição,
suporte, etc.
Palavras-Chaves:
GNU GPL, GNU FDL, BSD, Artistic License.
Introdução
Para o leitor
que não conhece os sistemas operacionais de código aberto/livre, nem sabe como
ele funciona, cumpre aqui efetuar alguns esclarecimentos. A origem do software
livre (Linux) em contraposição ao software proprietário (Windows), adveio da
preocupação com a apropriação privada desta poderosa forma de sistemas
operacionais de código aberto/livre.
O Linux foi
originalmente desenvolvido em 1991, como sistema operacional, por Linus
Torvalds, aluno de ciência da computação da universidade de Helsinki na
Finlândia. Especialista no sistema operacional Unix, Linus Torvalds queria
criar um sistema operacional para seu computador pessoal 386, que fosse como o
Unix.
O software
livre nasceu na Universidade e está se expandindo rapidamente para a sociedade.
Um passo decisivo para a consolidação, propagação e difusão do Linux foi dado
por Richard Stallman, que criou o projeto de software gratuito intitulado GNU,
que significa “GNU Não é Unix”. Segundo a GPL (General Public License), garante
que o software possa ser utilizado ou compartilhado gratuitamente de forma
livre por qualquer pessoa sem restrições de caráter jurídico: patenteamento ou
razões quanto a direitos intelectuais com a autorização de seus criadores.
Referencial Teórico
Sistema Operacional de Código Aberto
O sistema
operacional de código aberto/livre é uma tecnologia de desenvolvimento que vem
progredindo de forma rápida como alternativa para empresas e usuários
domésticos. Várias corporações em todo o mundo já adotaram o sistema
operacional de código aberto/livre como paradigma para a realização de suas
atividades produtivas. Este é o caso de empresas de grande porte como a IBM,
Hewlett Packard, Yahoo, Dell, Sun, Compaq, Corel, Oracle, e tantas outras
importantes empresas respeitadas e famosas do mundo da computação.
Quem copia o sistema
Operacional de Código aberto/livre, não está cometendo nenhuma prática de
pirataria, porque o código fonte é aberto e de conhecimento público. O
conhecimento de sua produção está sendo compartilhado de forma solidária, por
empresas, gestores, milhões de usuários, hackers e inúmeras comunidades de
cientistas.
O software
livre, submetido continuamente à aprovação, mostrou que é hoje uma indústria
eficientíssima que garante uma longevidade incontestável.
Um novo
dispositivo é lançado e imediatamente já se começa o desenvolvimento do seu
driver ou de seus aplicativos, e muito rapidamente os usuários têm acesso ao
produto. Um novo tipo de software é lançado e milhares de desenvolvedores
correm contra o tempo para fazer os aplicativos correspondentes para a
plataforma Linux.
Existe uma
demanda contínua por parte dos usuários e isso impulsiona uma multidão de
empresas e desenvolvedores, alimentando um gigantesco círculo produtivo.
Os softwares
de código aberto quase não são afetados por vírus como os softwares proprietários,
principalmente os que seguem o sistema operacional Windows. No entanto, poucos
são os sites dos grandes provedores no Brasil que disponibilizam ou
compartilham temas relacionados ao uso de softwares de código aberto que tratam
de segurança, estabilidade, versatilidade e capacidade de atualização.
Licenças em Sistema Operacional de código aberto
Inicialmente,
Torvalds lançou o Linux sob uma licença que proibia qualquer uso comercial.
Isso foi mudado de imediato para a Licença Pública Geral GNU. Essa licença
permite a distribuição e mesmo a venda de versões possivelmente modificadas do
Linux, mas requer que todas as cópias sejam lançadas dentro da mesma licença e
acompanhadas do código fonte.
Apesar de
alguns dos programadores que contribuem para o kernel permitirem que o seu
código seja licenciado com GPL versão 2 ou posterior. Grande parte do código
(incluído as contribuições de Torvalds) menciona apenas a GPL versão 2. Isto
faz com que o kernel como um todo esteja sob a versão 2 exclusivamente, não
sendo de prever a adoção da nova GPLv3.
Um software é
considerado como livre quando atende aos quatro tipos de liberdade, para os
usuários do software definidas pela Free Software Foundation:
1.
Liberdade para executar o software, seja qual for a sua finalidade.
2.
Liberdade para acessar o código-fonte do programa e modificá-lo
conforme sua necessidade.
3.
Liberdade para fazer cópias e distribuí-las para quem desejar.
4.
Liberdade para melhorar o programa e distribuir suas melhorias ao
público, de modo que elas fiquem disponíveis para a comunidade.
Com isso, já
estamos definindo também qual o principal objetivo da Fundação do Software
Livre: ‘’promover a disseminação do software livre no mundo da Informática,
eliminar restrições de cópias e distribuição de programas, entre outros pontos’’.
Uma vez que o comprador
do software livre tem direito as quatro liberdades listadas, este poderá redistribuir
este software gratuitamente ou por um preço menor que aquele que foi pago.
Principais
licenças em software de código aberto
A liberdade de
copiar, modificar e distribuir o programa depende do tipo de licença que ele
apresenta, e não equivale a dizer que ele é gratuito, afirma Rodrigo Stulzer,
diretor de Produtos e Soluções da Conectiva, empresa que distribuiu uma versão
do Linux no Brasil.
GNU GPL - A Licença Pública Geral GNU (GNU General Public License, GPL) é
a mais comum existente, e prevê que os softwares sob sua guarda estejam em
código-aberto e assim permaneçam após eventuais modificações, ou seja, se
determinada empresa, usuário ou desenvolvedor for incorporar ou modificar o
código, precisará liberar a versão final.
A regra não
vale se o software em GPL apenas se comunicar com outros programas. A GPL é a
licença que acompanha os pacotes distribuídos pelo Projeto
GNU, incluindo o núcleo do sistema operacional Linux.
GNU FDL - segue a mesma linha da GPL, mas utilizada para a documentação.
BSD - A licença BSD elaborada pela Berkeley Software Distribution
impõe poucas restrições sobre a forma de utilização, alterações e
redistribuição do software licenciado. Ao contrário da GPL, ela prevê que um
software modificado a partir de um código-aberto possa ser vendido, e não
obrigatoriamente aberto.
Artistic License - Essa licença permite a redistribuição de arquivos binários, mas
restringe a redistribuição de códigos modificados, a fim de proteger os autores
de determinado software.
Segundo Stulzer, vários programas podem ser obtidos gratuitamente na internet, mas podem apresentar custos adicionais, sobretudo no uso corporativo. "Uma empresa que adotar o código-aberto precisará de manutenção, de pessoas para trabalhar em cima da personalização do programa sob suas necessidades, ou seja, o software não vai sair de graça", diz, acrescentando que a economia com os softwares de código aberto gira em torno de 30%.
Softwares Livres notáveis
A
classificação mais correta para aquilo que se chama hoje de software livre
seria "software de código-aberto", ou "open source" em
inglês.
Alguns sistemas
operacionais de código aberto:
BSD (Berkeley Software Distribution) é um Sistema Operacional UNIX
desenvolvido pela Universidade de Berkeley, na Califórnia, durante os anos 70 e
80. Atualmente, o BSD não é um único Sistema Operacional, mas sim uma larga
família derivada do original, sendo os mais conhecidos membros da família:
4.4BSD (última versão do BSD original), 386BSD, FreeBSD, NetBSD, OpenBSD, BSDI (anteriormente BSD/OS), e Darwin
(que serve como base ao Mac OS X).
GNU/Linux é o sistema de código aberto livre mais popular, sendo do tipo
Unix que implementa o padrão POSIX.
Darwin é um sistema operativo livre, baseado no UNIX BSD e no Mac,
atualmente desenvolvido pela Apple. É o "core"
(núcleo) do Mac OS X. Inclui suporte avançado para rede.
Segundo
especialistas da Apple, o Darwin é uma grande evolução, graças aos esforços
conjuntos dos engenheiros da Apple e de programadores da comunidade de software
livre. Vale citar que em 1999, a Apple se tornou a primeira grande empresa de
computadores a tornar o desenvolvimento em código aberto parte fundamental de
sua estratégia. Por causa disso, o Darwin tornou-se confiável e tem a
performance esperada de um sistema operacional moderno, dando aos usuários e
aos desenvolvedores os benefícios de um sistema de alta-qualidade construído em
padrões abertos. No núcleo do Darwin, está o componente chave da interação
entre programas e máquina. O kernel, denominado XNU,
do sistema é baseado no Mach 3.0 da Universidade
de Carnegie Mellon e no FreeBSD 3.2 (derivado do BSD 4.4-Lite da Universidade de
Berkley, na Califórnia).
Conclusão
O sistema
operacional de código aberto/livre é uma tecnologia de desenvolvimento que esta
progredindo rapidamente como opção para empresas e uso doméstico, garantindo
longevidade incontestável.
Este esta
disponível com a permissão para qualquer um usá-lo, copiá-lo, e distribuí-lo,
seja na sua forma original ou com modificações, seja gratuitamente ou com
custo. Em especial, as possibilidades de modificações implica em que o código
fonte esteja disponível.
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